Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 5 de 5
Filter
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(5): e00078017, 2018. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-952385

ABSTRACT

Resumo: Devido à persistência da dengue e de outras arboviroses no Brasil, o poder público tem intensificado as ações de combate ao mosquito vetor Aedes aegypti. Os agentes de combate às endemias (ACE) e agentes comunitários de saúde (ACS), dentre outras atribuições, tornaram-se interlocutores e disseminadores de conhecimento na comunidade. O objetivo deste trabalho foi analisar os saberes e práticas sobre controle da dengue por diferentes sujeitos sociais: moradores e agentes. Foram realizadas entrevistas com moradores, ACE de campo e de mobilização e ACS em dois bairros de Salvador, Bahia, por meio da metodologia de grupo focal. Os moradores demonstraram incerteza sobre a forma de contágio e o perigo da dengue. Os ACE de campo apresentam-se em conflito, pela necessidade de informar à comunidade sobre aspectos que não dominam e demonstram um descontentamento pessoal no trabalho com um sentimento de desvalorização pela falta de qualificação. Os ACE de mobilização culpam a população e enfatizam a importância de si próprios como solução para o controle da dengue. Os ACS não apropriaram sua experiência de campo em seu discurso e se sentem desobrigados com respeito ao controle vetorial. Todos os grupos entrevistados concordam que a culpa da dengue recai sobre o poder público, e a solução para o problema está na educação. Percebe-se uma grande necessidade de intervenções educativas regulares, pautadas no diálogo e na sensibilização para lidar com a realidade cotidiana dos moradores, trazendo os indivíduos (moradores e agentes) como sujeitos do processo de construção de conhecimento. Pois, na metodologia atual, a disseminação de informação e conhecimento não é suficiente para promover melhorias na comunidade para o controle da dengue.


Abstract: Due to the persistence of dengue and other arbovirus infections in Brazil, the government has stepped up measures to combat the Aedes aegypti mosquito vector. The responsibilities of community endemic disease workers (CEDW) and community health workers (CHW) include acting as intermediaries and disseminating knowledge in the community. The aim of this study was to analyze knowledge and practices in dengue control by different social subjects: residents and CEDW/CHW. Interviews were held with residents, field and mobilization CEDW, and CHW in two neighborhoods in Salvador, Bahia State, using focus groups. Residents expressed uncertainty on the form of transmission and hazards of dengue. Field CEDW voiced conflicting feelings due to the need to inform the community on issues over which they lack any control, while expressing personal dissatisfaction with their work and a feeling of underappreciation due to their lack of training. Mobilization CEDW blamed the population and emphasized their own importance as the solution to dengue control. CHW failed to reflect their field experience in their discourse and felt they had no responsibility over vector control. All the groups agreed that government is to blame for dengue and that the solution lies in education. There is an evident need for regular educational interventions, based on dialogue and awareness-raising to deal with residents' daily reality, drawing individuals (residents and CHW) into the knowledge-building process. Under the prevailing methodology, the dissemination of information and knowledge is insufficient to promote community improvements for dengue control.


Resumen: Debido a la persistencia del dengue y de otras arbovirosis en Brasil, el poder público ha intensificado las acciones de combate al mosquito vector Aedes aegypti. Los ACE (agentes de combate a endemias) y los ACS (agentes comunitarios de salud), entre otras atribuciones, se convirtieron en interlocutores y promotores de conocimiento sobre enfermedades en sus comunidades. El objetivo de este trabajo fue analizar los conocimientos y prácticas sobre el control del dengue por parte de los diferentes sujetos sociales implicados: residentes y agentes. Se realizaron entrevistas a residentes, ACE de campo y de movilización, así como ACS, en dos barrios de Salvador, Bahía, mediante una metodología de grupo focal. Los residentes mostraron inseguridad sobre la forma de contagio, así como el peligro que supone el dengue. Los ACE de campo se encontraron en conflicto, por su necesidad de informar a la comunidad sobre aspectos que no dominan, además de demostrar un descontento personal en el trabajo, unido a un sentimiento de desvalorización, por su falta de cualificación. Los ACE de movilización culpan a la población y enfatizan la importancia de ellos mismos como solución para el control del dengue. Los ACS no se apropiaron de su experiencia de campo en su discurso y no se sienten obligados al control vectorial. Todos los grupos entrevistados concuerdan en que la culpa del dengue recae sobre el poder público, y la solución para el problema está en la educación. Se percibe una gran necesidad de intervenciones educativas regulares, pautadas en el diálogo y en la sensibilización para lidiar con la realidad cotidiana de los residentes, considerando a los individuos (residentes y agentes) como sujetos del proceso de construcción del conocimiento. Así pues, en la metodología actual, la divulgación de información y conocimiento no es suficiente para promover mejoras en las comunidades, con el fin de controlar el dengue.


Subject(s)
Humans , Animals , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Young Adult , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Mosquito Control/methods , Aedes/physiology , Dengue/prevention & control , Mosquito Vectors/physiology , Brazil , Focus Groups , Community Participation
2.
Rev. baiana saúde pública ; 40 (2016)(Supl. 2 SUVISA): https://doi.org/10.22278/2318-2660.2016.v40.nS2.a2693, Set. 2017.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-859797

ABSTRACT

Embora a sífilis congênita (SC) possa ser prevenida por ações realizadas no pré--natal, ela ainda apresenta elevada incidência em diversas partes do mundo. Este estudo teve o objetivo de analisar aspectos epidemiológicos da SC na Bahia e em seus municípios, no período de 2005 a 2012. Foi realizado um estudo ecológico, de distribuição temporal e espacial, com caráter descritivo. Com base nos registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e do Sistema de Informação sobre Mortalidade, foram identificados 2.656 casos de SC na Bahia no período. A incidência da SC no estado cresceu de 1,2 para 2,7 casos por 1.000 nascidos vivos (NV) entre 2005 e 2012. Comparando-se os quadriênios 2005-2008 e 2009-2012, observou- -se redução no percentual dos municípios que apresentavam incidência da SC inferior à meta definida pela Organização Pan-americana da Saúde (até 0,5 caso por 1.000 NV) de 74,6% para 63,1%. Nesse último quadriênio, altas incidências médias anuais foram detectadas nas Regiões Leste, Sudoeste, Sul e Extremo Sul do estado. Concluiu-se que a crescente dispersão da SC na Bahia reforça a necessidade de ampliar os investimentos na vigilância e no controle da doença.


Although actions taken during prenatal care may prevent congenital syphilis (CS), it continues to have high incidence in many parts of the world. This study aimed to analyze the epidemiological aspects of CS in Bahia and its municipalities, between 2005 and 2012. We performed a descriptive ecological study with temporal and spatial distribution. Based on Sinan and SIM records, we identified 2.656 cases of CS in Bahia within the period. The incidence of CS in the state increased from 1.2 to 2.7 cases per 1.000 live births (LB) between 2005 and 2012. Comparing the four-year periods 2005-2008 and 2009-2012, we observed a decrease from 74.6% to 63.1% of municipalities that reached a CS incidence bellow the target set by PAHO (less than 0.5 cases per 1.000 LB). In these last four years, high annual average incidences were found in the eastern, southwestern, southern and extreme south regions of the state. The increasing dispersal of CS in Bahia reinforces the need to augment investments in surveillance and disease control.


Aun que la sífilis congénita (CS) se puede prevenir mediante acciones tomadas en la atención prenatal, ella ainda presenta alta incidencia en muchas partes del mundo. Este estudio tuvo como objetivo analizar los aspectos epidemiológicos de SC en Bahía y sus municipios en el período desde 2005 hasta 2012. Fue realizado un estudio ecológico de distribución temporal y espacial, con carácter descriptivo. Basándose en registros del Sinan y del SIM se identificaron 2.656 casos de SC en Bahía en el período. La incidencia de SC en el estado aumentó de 1,2 a 2,7 casos por 1.000 nacidos vivos (NV) entre 2005 y 2012. Comparandose los períodos de cuatro años desde 2005 hasta 2008 y desde 2009 hasta 2012, se observó una reducción en el porcentaje de municipios que mostraron incidencia de SC inferior a la meta establecida por la OPS (a 0,5 casos por cada 1.000 nacidos vivos) de 74,6% a 63,1%. En los últimos cuatro años, altas incidencias medias anuales fueron encontrados en la región del Éste, en el Suroeste, Sur y extremo Sur del estado. Se concluyó que la creciente dispersión de SC en Bahía refuerza la necesidad de aumentar las inversiones en vigilancia y control de enfermedades.


Subject(s)
Humans , Syphilis, Congenital , Health Profile , Incidence
3.
Trab. educ. saúde ; 15(2): 501-518, maio-ago. 2017. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-846376

ABSTRACT

Resumo A partir de 2008, criaram-se vários cursos de graduação em saúde coletiva no Brasil. Publicações prévias descreveram processo de abertura, perfil dos alunos e experiências vivenciadas por esses cursos. Apresentamos aqui um perfil geral dos cursos abertos entre 2008 e 2014. As informações foram obtidas por meio da Coordenação do Fórum de Graduação em Saúde Coletiva da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e das páginas eletrônicas institucionais dos cursos. No período estudado, houve expressiva expansão no número de cursos de graduação em saúde coletiva no país; a oferta de novas vagas cresceu seis vezes e formaram-se 285 bacharéis em saúde coletiva. No início de 2014, existiam 18 cursos em funcionamento (17 no setor público), totalizando 2.532 estudantes matriculados. Se a formação pós-graduada em saúde coletiva predomina no Sudeste, os cursos de graduação estão bem distribuídos no país, ainda que seja necessária maior expansão para responder às demandas do Sistema Único de Saúde. Embora as orientações formativas desses cursos sejam semelhantes, suas nomenclaturas exibem divergências. Entre os desafios para maior consolidação dos cursos de graduação em saúde coletiva como modalidade formativa estão as necessidades de diretrizes curriculares nacionais, manutenção da expansão dos cursos, reconhecimento profissional do egresso e maior incorporação do bacharel em saúde coletiva no mercado de trabalho.


Abstract Several undergraduate programs in public health have been created in Brazil since 2008. Previous publications have described the opening process, the student profile, and the experiences these courses have had. Here we present a general profile of courses that were opened between 2008 and 2014. The information was obtained from the Brazilian Association of Public Health's Undergraduate Forum in Public Health Coordination and from the courses' institutional homepages. During the study period, there was a significant increase in the number of undergraduate programs in public health in the country; new job openings grew sixfold, and 285 people got bachelors degrees in public health. In early 2014, there were 18 courses in operation (17 in the public sector), with a total of 2,532 students enrolled. While graduate-level training in public health predominates in the Southeast, undergraduate courses are well spread in the country, although there is a need for further expansion to meet the Unified Health System's demands. Although these courses' training guidelines are similar, there are differences in their nomenclatures. The challenges to be faced in the further consolidation of undergraduate courses in public health as a training modality include the needs of the national curriculum guidelines, the continued expansion of the courses, the professional recognition of the graduates, and their greater incorporation into public health in the labor market.


Resumen A partir de 2008, se crearon diferentes cursos de graduación en salud colectiva en Brasil. Publicaciones previas describieron un proceso de apertura, perfil de los alumnos y experiencias vividas por estos cursos. Presentamos aquí un perfil general de los cursos abiertos entre 2008 y 2014. La información se obtuvo mediante la Coordinación del Foro de Pregrado en Salud Colectiva de la Asociación Brasileña de Salud Colectiva y de las páginas electrónicas institucionales de los cursos. Durante el período estudiado, hubo una expresiva expansión en el número de cursos de pregrado en salud colectiva en el país, la oferta de nuevas vacantes se multiplicó por seis y se graduaron 285 bachilleres en salud colectiva. Al inicio de 2014, existían 18 cursos en funcionamiento (17 en el sector público), totalizando 2.532 estudiantes matriculados. Si la formación de posgrado en salud colectiva predomina en el Sudeste, los cursos de pregrado están bien distribuidos en el país, aun cuando se necesite una mayor expansión para responder a las demandas del Sistema Único de Salud. Aunque las orientaciones formativas de estos cursos sean similares, sus nomenclaturas exhiben divergencias. Entre los desafíos para una mayor consolidación de los cursos de pregrado en salud colectiva como modalidad formativa están las necesidades de directrices curriculares nacionales, mantenimiento de la expansión de los cursos, reconocimiento profesional del egresado y una mayor incorporación del bachiller en salud colectiva en el mercado de trabajo.


Subject(s)
Humans , Unified Health System , Public Health , Universities
4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 18(2): 499-506, Fev. 2013. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-662908

ABSTRACT

A sífilis congênita permanece como um problema de saúde pública no Brasil. Este estudo busca descrever a evolução da incidência da sífilis congênita em Belo Horizonte entre 2001 e 2008 e determinar fatores de risco associados ao diagnóstico da doença. Os dados sobre os casos de sífilis congênita e sobre a população de nascidos vivos foram obtidos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), respectivamente. Análise de regressão logística multivariada utilizou a população de nascidos vivos como grupo de referência para identificar fatores de risco independentes para sífilis congênita. A incidência anual da sífilis congênita apresentou uma tendência crescente, de 0,9 para 1,6 casos por 1.000 nascidos vivos entre 2001 e 2008. Fatores de risco independentes para sífilis congênita incluíram: escolaridade materna < 8 anos (OR: 1,3; IC 95%: 1,2-1,4), cor materna parda ou negra (2,1; 1,5-2,8) e a ausência de realização de pré-natal (11,4; 8,5-15,4). A forte associação entre ausência de pré-natal e ocorrência de sífilis congênita indica que a universalização do pré-natal é crucial para o controle deste agravo. O efetivo controle do agravo no Brasil dependerá também de ações para reduzir as iniquidades sociais em saúde.


Congenital syphilis continues to be a public health problem in Brazil. The scope of this study is to describe the trends in the incidence of congenital syphilis in Belo Horizonte between 2001 and 2008 and determine risk factors associated with disease diagnosis. Data on cases of congenital syphilis and on the population of live births were obtained from the National Notifiable Diseases Information System (SINAN) and from the National Live Birth Information System (SINASC), respectively. Multivariate logistic regression analysis used the population of live births as the reference group to identify independent risk factors for congenital syphilis. The annual incidence of congenital syphilis revealed a rising trend from 0.9 to 1.6 cases per 1,000 live births between 2001 and 2008. Independent risk factors for congenital syphilis included: maternal schooling <8 years (OR: 1,3; 95% CI: 1,2-1,4); black or mixed maternal race (2,1; 1,5-2,8) and lack of antenatal care (11,4; 8,5-15,4). The strong association between the lack of antenatal care and congenital syphilis indicates that universalization of antenatal care is critical for the control of congenital syphilis. The effective control of the disease in Brazil will depend on actions to reduce social inequities in health.


Subject(s)
Humans , Infant, Newborn , Syphilis, Congenital/epidemiology , Brazil/epidemiology , Incidence , Risk Factors , Time Factors
5.
Salvador; s.n; 2008. 70 p. ilus.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-507846

ABSTRACT

A leptospirose grave emergiu como um importante problema de saúde publica urbana devido à expansão das favelas em todo 0 mundo. Medidas de prevenção são necessárias para reduzir a morbidade e mortalidade associadas à doença. Entretanto, a ausência de informações populacionais sobre determinantes para infecção e para 0 desenvolvimento de doença grave após a infecção tem limitado a implementação de intervenções. Nossos objetivos são identificar fatores de risco para infecção pela Leptospira em urna comunidade urbana e determinar a influência da idade e do sexo sobre o risco de infecção e progressão da doença apos a infecção. Em um estudo de corte transversal realizado na comunidade de Pau da Lima, Salvador, nos identificamos que 15 por cento dos 3.171 residentes inclusos no estudo apresentavam evidencia sorológica para infecção previa pela Leptospira. Uso de Sistema de Informação Geográfica e de abordagens de modelagem estatística identificaram deficiências de saneamento - esgotos abertos, áreas de risco para alagamento e acumulo de lixo - como fatores de risco independentes para infecção pela Leptospira. Baixo nível sócio-econômico também foi associado com risco de infecção. Em um segundo estudo, nos comparamos a incidência de infecção pela Leptospira, determinada para urna coorte seguida por três anos no Pau da Lima, com as incidências de desfechos graves da leptospirose, determinadas para população de Salvador através de vigilância hospitalar no mesmo período. Nós identificamos que grupos etários mais velhos e sexo masculino estavam associados a maiores incidências de infecção pela Leptospira, leptospirose grave, hemorragia pulmonar maciça e mortalidade. Entretanto, a risco associado à idade adulta e ao sexo masculino foi maior para leptospirose grave (RR: 7,2 e 6,6, respectivamente) do que para infecção pela Leptospira (RR: 2,5 e 1,6, respectivamente), sugerindo que idade e sexo apresentam influência no risco de progressão para doença grave após a infecção. Entre as casos de leptospirose grave, idade acima de 45 anos foi fator de risco para abita e sexo feminino foi fator de risco para hemorragia pulmonar maciça. Nossos achados sugerem que intervenções para controle da leptospirose em comunidades carentes devem ser direcionadas para criação de infra-estrutura de saneamento e redução da desigualdade social. Além disso, estudos para determinar os mecanismos patogênicos da influência da idade e do sexo na progressão para leptospirose grave apos a infecção serão importantes para a desenvolvimento de vacinas ou tratamentos capazes de modular a progressão da infecção e prevenir formas graves de doença.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Age and Sex Distribution , Epidemiology , Leptospira , Leptospirosis , Risk Factors
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL